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sexta-feira, 20 de junho de 2014

BIOGRAFIA DO PATRONO

BIOGRAFIA DO PATRONO JOAQUIM AUGUSTO DA COSTA MARQUES
( BACHAREL EM DIREITO )

“Devotado patriota, distinto filho da terra matogrossense”, que não poupou esforços, nem mediu sacrifícios para enobrecê-la “. (O Debate, junho de 1912).

            Eminente cultor do Direito, industrial de vasto descortino, hábil condutor de homens, parlamentar de elite e administrador atilado, foi o Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques” uma das figuras de maior projeção no cenário político-social de Mato Grosso, em cujo meio se impôs pela sua alta capacidade de trabalho e, mais do que isso, pelas excelsas virtudes cívicas que exortavam a sua personalidade e pelo grande amor que voltou à terra que o viu nascer.
            Nasceu Joaquim Augusto da Costa Marques, consoante informação de sua viúva dona Adiles Prado da Costa Marques, na vila, hoje cidade de Poconé, sede do município  do mesmo nome, aos 7 de junho de l861 e faleceu na cidade Cáceres, onde era domiciliado, aos 02 de dezembro de 1939.
            Foram seus pais o tenente-coronel da Guarda Nacional Salvador da Costa Marques, abastado fazendeiro e prestigioso chefe político no antigo regime, e de dona Augusta Nunes Rondo Marques, também de família de fazendeiros de grandes recursos.
            Concluído os seus estudos primários na vila Poconé, veio para Cuiabá, com a idade de 12 anos, em 1872, matriculando-se no antigo Seminário da Conceição, onde iniciara o seu curso de Humanidades, que interrompera em 1875, por três anos, passando esse período no seio da família, entregue aos serviços da fazenda de seus pais.
            Demonstrando sempre grande desejo de prosseguir nos seus estudos, voltou a Cuiabá, onde passou a freqüentar o Externato que, nessa época, se fundara sob a direção dos Drs. Manuel Esperidião da Costa Marques ( seu irmão mais velho ), João Carlos Muniz e Antônio Correia da Costa.
            Ao findar o ano de 1882, seguiu o esperançoso jovem poconeano para o Rio de Janeiro, onde completou com brilhantismo os seus preparatórios, rumando, em seguida, para São Paulo, a Atenas brasileira daqueles tempos, ingressando na afamada Faculdade de Direito, onde recebera a áurea em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1891.
            Tendo sempre a atenção voltada para a terra natal, a ela regressara o jovem Bacharel, fixando residência na cidade de São Luiz de Cáceres, abrindo nesta comarca o seu escritório de advocacia e constituindo-se um propugnador entusiasta e devotado da prosperidade daquele município, a que prestou os mais assinalados serviços.
            Dotado de grande energia e de admirável enfibratura moral, o Dr.Joaquim Augusto da Costa Marques sempre se fizera respeitar, conservando o seu prestígio de chefe, sabia querer e sabia mandar.
            De notável austeridade de caráter desse eminente líder da política mato-grossense, fala, com eloquência, o seguinte episódio que guardei na memória, tão profundamente ele me calara no espírito, testemunha que fui do mesmo.
            Transcorria o ano de 1912, ou 1913, se bem me recordo. Achava-se o Dr. Costa Marques no meado de seu governo. Por essa época, chegou a Cuiabá o notável orador chileno Dr. Juan José Júlio Y Elizalde, que andava a realizar conferências públicas sobre a doutrina do grande Augusto Comte. Por intermédio da Maçonaria a quem viera recomendado o ex-sacerdote católico, conseguiu ele do Prefeito Municipal de então, Coronel Manuel Escolástico Verginio, permissão para realizar as suas conferências no coreto da Praça Alencastro, em frente ao Palácio do Governo. Abespinhou-se o Clero e a Liga Católica cuiabana e, logo após as primeiras conferências, em que vários populares exaltados procuraram vaiá-lo publicamente, organizaram os seus elementos representativos uma marcha à Residência do Governador, tendo à frente as figuras respeitáveis do Arcebispo Metropolitano D.Carlos Luis d’Amour e do seu Bispo Auxiliar D.Francisco de Aquino Correia, Desembargador João Carlos Pereira Leite, Dr.Magalhães, Dr.Francisco Muniz, Juiz de Direito, seguidos da grande massa popular dirigiram-se à residência governamental, por volta de 15 horas e ali, após vários discursos inflamados, solicitaram ao Presidente Costa Marques o cancelamento daquela permissão municipal, que constituía uma afronta à religião católica, professada pela maioria do povo brasileiro. Supôs muita gente que a presença daqueles vultos eminentes à frente daquele préstito pudesse constituir um osso que iria atravessar na garganta do preclaro Presidente do Estado. E a massa popular esperava ansiosa a sua resposta. Tomando a palavra o Presidente Costa Marques, com a serenidade que lhe era peculiar, proferiram as seguintes palavras, poucas, as incisivas, reveladoras de seu caráter: “Como cidadão, como Bacharel em Direito e, sobretudo como Presidente do Estado, não pode revogar um ato praticado pelo Sr. Prefeito Municipal, com amparo num dispositivo constitucional que a ninguém é dado desconhecer. Vendo, porém, diante de mim figuras respeitáveis, merecedoras da minha atenção, entre os representantes do Clero e da Liga católica, eu os aconselho, como amigo, a que defendam também os seus princípios religiosos, realizando suas conferências, que terão o amparo e a proteção do meu governo”.
            Homem de fino trato e de atitudes nobres era o Dr.Joaquim Augusto da Costa Marques, um perfeito gentleman que cativava a todos que com ele tivessem a felicidade de privar.
            Filiando-se ao antigo partido nacional, mais tarde democrata, cerrou fileiras ao lado do Governo de então, participando ativamente na defesa do mesmo, por ocasião do movimento revolucionário de 1892.
            Em 1899, grande divergência política veio cindir o partido republicano. Foi nessa época que o Dr.Joaquim Augusto da Costa Marques, chefe preeminente do partido democrata, acompanhado de outros prestigiosos companheiros, colocou-se ao lado do líder revolucionário Coronel Generoso Ponce, passando a fazer parte da facção política chefiada por este.
            A sua nunca desmentida lealdade política, assim como os relevantes serviços prestados à agremiação partidária a que pertencia, granjeou-lhe tal prestígio e confiança dos seus correligionários, que foi por estes aclamado chefe do partido republicano no município de São Luis de Cáceres, onde militava, posto em que se conduzira com notória acuidade de visão e tino político.
            Sempre solidário com o povo de sua terra nas suas justas e memoráveis reivindicações, não hesitou em participar do movimento revolucionário de 1906, tendo comandado uma das brigadas de que se compunha o Exército Libertador que pôs cerco à capital mato-grossense, fazendo ruir por terra o despotismo do Coronel Antônio Paes de Barros.
            Membro dos mais conspícuos da representação de Mato Grosso no Congresso Nacional, a figura do Deputado Costa Marques se impunha pelo respeito que inspiravam as suas atitudes e pelo acatamento com que eram recebidas as suas opiniões sempre sensatas e equilibradas. Tantos e tão valiosos serviços prestara ao Estado e à Nação na defesa de seus interesses, que para ele, desde logo, se voltara a atenção dos seus conterrâneos, candidatando-se à Presidência do Estado no período de 1911 a 1915, em sucessão ao Coronel Pedro Celestino Correia da Costa.
            Assim como o parlamentar, o Presidente não desmereceu da confiança do povo que o elegeu. A sua passagem pela alta administração do Estado assinalou-se por uma brilhante seqüência de realizações reveladoras do alto senso das responsabilidades que assumira e do perfeito conhecimento dos grandes problemas do seu Estado. Entre essas realizações, todas tendentes a incrementar o progresso material e cultural da sua terra, merece especial menção a que levou a efeito nos domínios da Instrução Pública, em que procurou seguir a traça do seu antecessor, criando novos grupos escolares como o de Corumbá, o de Cáceres, o de Rosário Oeste e o de Poconé, contratando em São Paulo professores abalizados para melhorar o nível de ensino em Mato Grosso.
            Como complemento indispensável e poderoso auxiliar do ensino popular, criou e instalou a Biblioteca Pública do Estado, obra da mais alta relevância político-social, levada a efeito no patriótico propósito de incrementar o desenvolvimento cultural do Estado.
            Conhecedor das falhas e imperfeições existentes no aparelho judiciário do Estado, foi um dos seus primeiros cuidados corrigir essas lacunas, dotando o Poder Judiciário de nova organização, mais consentânea com o desenvolvimento do Estado e de maior eficiência para a distribuição da justiça.
            Não deixaram de merecer carinhosa atenção do seu Governo as deficiências da nossa agricultura e da indústria pastoril. Possuidor de vastos conhecimentos de agricultura e pecuária de que era grande entusiasta, empenhou-se vivamente o seu Governo em dotar o Estado de um Aprendizado Agrícola e de um campo de demonstração para a difusão do ensino agrícola e demonstração prática das vantagens da mecanização da cultura. Não impressionava bem ao seu espírito adiantado, o abandono em que jaziam as nossas terras em contraste com a sua fertilidade, assim como a falta de amparo dos Poderes Públicos à iniciativa particular no que se refere ao aproveitamento dos nossos campos de maneira mais racional e econômica com o desenvolvimento dos nossos rebanhos, o apuro das raças e o aperfeiçoamento dos seus métodos antiquados.
            Com essa orientação criou o Campo de Demonstração e Posto Zootécnico de Cuiabá, à margem direita do rio Cuiabá, iniciativa patriótica que as comoções políticas que abalaram a vida do Estado em 1916, deixaram perecer.
Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques foi um dos fundadores da Sociedade Nacional de Agricultura, que relevantes serviços tem prestado ao nosso País.
            Não foram essas, porém, as únicas benemerências do seu Governo. Elas se manifestaram ainda nos setores da Viação e das Obras Públicas. Numerosas estradas foram abertas no seu Governo, ligando os mais distantes núcleos da população rural e facilitando o escoamento dos produtos da sua escassa lavoura. A falta de conservação, porém, baldou tão generosos esforços.
            A Santa Casa da Misericórdia de Cuiabá ficou a dever-lhe grandes melhoramentos nas suas instalações, que tornaram o seu Governo merecedor da gratidão desse pio estabelecimento.
            Terminado o seu Governo, foi novamente o Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques reconduzido à Câmara Federal, recolhendo-se, ao término do seu mandato, ao seu estabelecimento industrial em São Luiz de Cáceres, onde falecera.
            Serviu à Pátria e à terra natal com probidade e carinho. Nobres qualidades o recomendam à consagração da posteridade. (Do Livro: GALERIA DOS VARÕES ILUSTRES DE MATO GROSSO - NILO PÓVOAS)
           Para um pouco mais de conhecimento sobre o nosso patrono, acrescentamos os dados da reportagem publicada pela Revista VEJA de 2 de junho de 1999.
            “Os Costa Marques são um exemplo de como as famílias pantaneiras foram se reproduzindo e suas fazendas ficando pequenas e inviáveis economicamente. Joaquim Augusto da Costa Marques, o patriarca da família, foi um dos pioneiros da ocupação do Pantanal na região de Cáceres. Foi também governador do Estado de Mato Grosso no começo do século.
            Sua propriedade, a Fazenda Larga, era um latifúndio de proporções colossais. Pela descrição dos documentos da época, seus limites eram: ao sul, o Rio Paraguai, a leste e a oeste, duas fazendas vizinhas, e a norte, “até onde não se oferecer resistência”. Ou seja, era tão grande que, ao norte, entrava pelo sertão de Mato Grosso até onde o fazendeiro conseguisse ocupar. Teoricamente, poderia ir até o Oiapoque, se não encontrasse nenhuma tribo indígena feroz que lhe barrasse a expansão. Ao todo, Costa Marques, conseguiu ocupar 120.000 hectares - quase quatro vezes a área do município de Belo Horizonte.
            Joaquim Augusto teve sete filhos. Na divisão da fazenda, cada um ficou com 17.000 hectares – tamanho de  100 parques do Ibirapuera ( SP ). Na geração seguinte, esses sete Costa Marques tiveram no total trinta filhos, que herdaram terras equivalentes a três vezes a área ocupada pelo Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
            Na atual geração, a terceira da linhagem Costa Marques no Pantanal, já são mais de 100 herdeiros. Se cada um ficasse com um pedaço da propriedade original, teria direito a uma fazendola de apenas 1.000 hectares – menos de três vezes o tamanho do Central Park, em Nova York. Se a família continuasse a crescer a crescer nesse ritmo, dentro de mais quatro gerações cada herdeiro teria direito a apenas cinco campos de futebol.
            A divisão, evidentemente, não aconteceu nessa proporção porque nem todos os Costa Marques ficaram com suas terras. Muitos venderam sua parte para outros herdeiros, que hoje acumulam áreas maiores do que teriam direito por herança. É o caso de Carlos Costa Marques, filho do patriarca, que comprou parte das terras dos irmãos. Um pedaço dessa área pertence hoje a sua filha, Márcia Costa Marques, e o marido dela, Pedro. É uma fazenda moderna, de 2.500 hectares (pouco mais de dois centésimos do latifúndio original), situada na borda do Pantanal. “A pecuária garante a nossa sobrevivência”, diz Márcia, mas nem se compara à época de ouro das fazendas pantaneiras. (páginas 90 e 91)


quarta-feira, 18 de junho de 2014

FILOSOFIA DA ESCOLA

Desenvolver o processo de aprendizagem comprometido com a formação de cidadãos com capacidade de pensar e agir mediante a elaboração do conhecimento científico erudito e universal.  Pretendendo com essa filosofia formar homens criativos, inventivos e descobridores, pessoas críticas e ativas, e a busca constante da construção da autonomia. Essa concepção busca garantir os direitos e deveres garantidos pela Constituição da República e Estatuto da Criança e do Adolescente, visando diminuir as diferenças sociais e construir uma sociedade mais humana.

MISSÃO DA ESCOLA

Promover o acesso e permanência do aluno na escola oferecendo um ensino de qualidade que o capacite a atuar de forma competente na sociedade através do desenvolvimento de sua plena cidadania.